quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Palavras soltas sentimentos impressos...

 
 
Quantas entrelinhas não lidas me definem,
Quantos olhos depositam-se sobre mim,
Tentativa vã de ver aquilo que pensam saber à meu respeito,
Se me perco nos próprios pensamentos,
Nos labirintos que não levam até onde quero ir.
Não ando por caminhos criados pelos outros,
Traço e percorro minhas trilhas.
Enquanto o tempo se desfaz em nuvens que perdem suas formas,
Assim como alguns sonhos que perdem-se pelo caminho.
Das poucas coisas que sei, não sou anjo nem demônio,
Menino que teima em ser homem,
Perde a inocência da vida,
A sutileza dos pequenos momentos,
E vai vivendo,
Sobrevivendo quem sabe,
Em palavras soltas,
Sentimentos impressos.
Segue com a esperança de que essas palavras soltas,
Transformem-se em pássaros,
Prontos para uma nova migração.
 
Gê.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Um antidepressivo, acho que não!

 
 

 
 
 
Uma lágrima solitária cai, assim como eu, ela encontra-se só... Ando depressivo demais e nada parece devolver à mim uma nova força, a insistência de acreditar que por pior que as coisas estejam elas possam melhorar, já se perdeu faz tempo. Um antidepressivo alguns recomendariam, acho que não, não sou do tipo que utiliza drogas na vã ilusão de melhora. Mas verdade seja dita, o que fui e no que costumeiramente costumava acreditar, hoje não sei, nada parece fazer sentido ou valer à pena, conto dias cinzas e nublados, daqueles onde nem a chuva acontece. Vontade de sair pelas ruas na noite silenciosa, queimando um maço de cigarros e enchendo a cara, daí me lembro que já não fumo mais e mesmo pra sair enchendo a cara me faltam forças, nem mesmo me afundar no raso é possível.

sábado, 10 de agosto de 2013

Dura delicadeza...

 
 
 
 
 
Cada dia que passa tenho me fechado mais e mais dentro de uma carapaça, venho me protegendo das durezas da vida e de todas as coisas que mesmo do alto dos meus 33 anos de vida ainda não entendo, sempre fui do tipo de pessoa que acredita na boa intenção das outras, mas a vida têm me mostrado que as coisas não são assim, tenho me assustado com a mesquinharia humana, e mesmo as pessoas mais próximas à quem muito dediquei cuidado, carinho e amor, retribuem com farpas... Enquanto por dentro carrego uma enorme delicadeza e muito amor, percebo que tudo isso, cada dia faz com que eu me sinta mais só. Dura delicadeza essa, que faz com que a gente tenha de se proteger... Sabe, sinto falta de mim, de alguém que pouco à pouco perde-se no passar das horas e luta para continuar existindo na confusão dos dias, tentando sobreviver intacto às asperezas diárias, e confesso que não é tarefa fácil, pois sempre que as coisas ficavam assim tão confusas e sem sentido, eu fugia para um lugar todo meu, chorava minhas mágoas até a exaustão e pronto, ficava de alma limpa, e seguia o caminho com as baterias recarregadas e um novo ânimo para continuar, uma nova força para recomeçar... Hoje em dia as coisas não acontecem mais dessa forma, as lágrimas que lavavam e purificavam minha alma, secaram ou não conseguem transpor essa dura carapaça que eu mesmo criei em busca de proteção. É como se duas pessoas habitassem o mesmo corpo, uma dura e áspera, pronta pra atacar seguindo apenas extintos animais de sobrevivência e outra pessoa, com uma delicadeza e encantamento de vida tão sutil e leve que cada vez mais, esconde-se com medo de ser ferida e machucada mais uma vez. É triste ter de viver assim, sempre na defensiva, não saber em quem confiar, não ter segurança nas relações que nos cercam... Ainda quero acreditar que exista um lugar e pessoas onde se possa deixar de lado todas as armaduras e defesas que precisamos vestir dia à dia antes de sairmos de casa.
 
 
Gê!