segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Visto-me de silêncios...



Meus amigos merecem muito mais do que minhas palavras amargas,
Enquanto não puder adocicá-las,
E fazer delas sorrisos coloridos,
Visto-me de silêncios!

Gê.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Drogas diárias...


Uma, duas ou três aspirinas,
E um café bem amargo,
Ainda assim essa dor não se desfaz,
E esse amargo da vida não consegue superar,
Ao mais forte e amargo café.
Um maço de cigarros faz-me companhia.
Já não sei qual é a pior droga,
Nesses dias tudo,
Até mesmo os próprios dias,
São apenas...
 Drogas diárias.

Gê.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por um novo recomeçar...



Na bagunça que estão os meus dias,
Não encontro meu próprio eu,
Quem olha nos meus olhos,
Enxerga através deles meu coração triste,
Minha razão sem ação,
Veste a dor necessária.
Quem sabe encontre a cura.
O silêncio e o afastamento de tudo,
É um remédio.
Mas o tempo é um sábio médico,
Que sopra todo dia minhas feridas,
Que por hora ainda estão abertas.
Enquanto aguardo elas cicatrizarem,
Observo a Vida,
E percebo que ela pede mais,
Vejo que tudo necessita de uma transformação.
De uma nova força,
Um novo impulso,
Busco por um novo recomeçar!
Em silêncio.

Gê.





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Novamente contando estrelas... Sorrindo pro novo tempo!



Aqui...
Sentado e debruçado sobre o tempo,
Voam as lembranças.
São tão leves os pensamentos,
Que me fazem refletir.
Lembro-me dos sonhos,
Aqueles que brotaram em velhas primaveras,
Emergindo das sementes de esperança,
Plantadas em mim.
Alguns viraram flores,
As quais sorvi o néctar feito um beija-flor,
Que necessita de energia para manter-se vivo.
Vislumbrando momentos passados,
Reencontrei um menino.
Que de pronto não reconheci!
Trazia um sorriso leve,
Nos olhos via-se à felicidade,
Uma vontade de apenas se deixar viver.
Vestia-se com o brilho da lua,
Enquanto contava as estrelas do céu,
Vendo a vida pela janela da noite,
Pensava o menino que o infinito,
Era pequeno pra guardar todos seus sonhos.
A memória recobra meus sentidos,
E cai estabacada no chão.
E o homem solta a mão do menino que um dia foi,
Deixa-se crer apenas na realidade de que o infinito é imenso,
E que seus sonhos são apenas ilusão.
Mas ele não sabe ou apenas esqueceu,
Que o menino é capaz de acreditar,
Nos sonhos...
De abrir à janela da vida,
Deixando o sol entrar.
Trazendo a alegria,
Colorindo os dias.
Enchendo a casa de magia.
Espero em breve ver o menino,
Novamente contando estrelas,
Vestido com a luz da lua,
E todo sujo de pó de estrela,
Sorrindo pro novo tempo!

Gê!



domingo, 21 de agosto de 2011

Alguém me socorra!



Parece brincadeira, mas não é...
Pirraça de criança,
Que empaca e não quer sair do lugar!
Pois é...
Meu blog está assim,
Não consigo postar comentários!!!!
Meus amigos estou quase pirandoooo!
Chego no mundinho de vocês,
Mas não consigo deixar meu sentir por lá!
Meus amigos saibam que não os esqueci!
Não consigo postar comentários quase que em lugar algum!
Até tento postar,
Mas pelo visto vocês não estão recebendo,
Parece que eles...
 Puf !
Somem desaparecem!
Não citarei nome de blogs ou de amigos,
Mas vocês que recebem frequentemente minhas visitinhas...
Acreditem continuo com vocês!
E sinto muita saudade de deixar meu carinho,
Nos blogs,
Nesses mundinhos encantandos e mágicos,
Que são a janela do sentir de cada um!


Alguém me socorra!

Cheio de saudade!


Gê!

sábado, 20 de agosto de 2011

Sentimento danado...



Quando um sentimento nasce dentro da gente,
Ele nasce assim pequenino e frágil.
Feito um breve piscar de olhos.
É como um suspiro que escapa do peito.
Um sussurro do tempo...


Que o próprio tempo,
Permite crescer enquanto a gente segue distraído,
Ali vestindo um sorriso bobo,
Enquanto as borboletas dançam em nosso pensamento,
Dando nome a esse sentimento.


Ele chama-se Amor!
É o mais veloz e fatal dos sentimentos,
Toma conta da gente em pequenos instantes,
E num pequeno descuido...
Transforma nosso mundo.


Os pés não mais tocam o chão.
Da cabeça voa a razão.
E o pobre do coração,
Ah! Esse já virou prisioneiro.
E canta feito cancioneiro em noite de lua cheia.

Gê!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Necessidade de ser tempestade...



Reencontro-me na leveza,
Nessa sutileza de ser ar.
Danço no tempo vestido de vento.
Percorro caminhos na busca dos momentos.
Os passos são guiados pelos sentimentos,
Seguem como leve brisa,
Ou vão soltos na ventania.
Essa mania de ser livre,
Pelo menos no sentir,
É o que me faz seguir.
Posso me repartir,
Partir...
Ir pra longe de ti.
Mas não posso reprimir,
Essa necessidade,
De ser minha própria...
Tempestade.

Gê!



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De cabeça pra baixo!


Caramba!!!
Acho que as coisas andam um tanto quanto...
De cabeça pra baixo!
Não estou conseguindo postar meus comentários,
Visitei vários blogs e deixei-lá minhas palavras...
"Seu comentário será postado após aprovação"
Mas nada!
Em outros que não precisam aprovação, também nada fica registrado!
Estarei acompanhando em silêncio!
Meus amigos,
Vocês à quem visito com maior frequência saibam que ainda estou aqui...
Ainda respiro, o coração segue batendo...
Mais ainda de saudade!
Espero que tudo volte ao normal!

Abração!

Gê!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

E assim ser amor...





Sinto o abraço do vento.
E os olhos da lua.
Que nessa noite escura,
Entendem minha loucura,
De vagar pela rua,
Contando estrelas.


A culpa é tua!
Que não traz teu abraço.
Deixa-me nesse vago espaço.
Por que não faz como a lua?
E derrama teus olhos,
Sobre mim...


Não quero mais carregar,
Essas histórias de amores tristes,
Que já nem mais existem.
Vem pra somar e se deixar viver,
Ver o tempo correr...
Cada dia com seu alvorecer.


Vem comigo trilhar,
Um novo caminho desenhar.
Mudar o rumo das coisas,
Trocar as cores da cidade.
Viver a intensidade,
Alcançar o tom da felicidade!

E assim ser amor...

Gê!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Ele quer um novo amor...


Há tempos atrás eu faria tudo pra estar junto de você,
Acreditava nesse amor,
Pensava que seria eterno...
Mas não foi.
Não cabe a nós escolher um culpado.
Já foi... Passou!
Hoje é água de rio,
Que precisa seguir seu curso.
Então peço a você:
Deixe-me seguir,
Se realmente gosta de mim como dizes.
Quero guardar somente o que de bom ficou.
Lembranças boas de tudo que vivemos,
Esse bem-querer que sempre terei por você!
Não queira puxar o fio que o tempo gastou,
Ele já se rompeu,
Eu não estarei na outra ponta.
Sei que o acaso colocou-nos frente a frente,
Mas era apenas pra encontrarmos um ponto final.
Não insista!
Deixei muito claro pra você,
Ou pensei ter deixado muito claro...
Esqueça o que ficou pra trás.
Não devemos cometer o mesmo erro.
Nossa história foi e sempre será,
Esse amor de um vivido por dois...
Onde um dia eu te amei,
E hoje você diz que me ama.
Embora não acredite nesse seu amor,
Respeito seus sentimentos.
Então peço a você que respeite minha decisão,
De oferecer somente minha amizade,
E meu bem-querer por tudo de bom que um dia vivemos.
Mas a verdade é que o amor que senti por você,
Não reside mais em mim.
Meu coração não chama por você.
Ele quer um novo amor!

Gê.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Acredito até poder voar...



Não olho mais para trás...
Vou deixando esses dias carregados.
Não acredito mais nesses prenúncios de tempestade.
Vou soprando vontades e afasto-os de mim.
Tenho dado mais valor à nova página,
Essa que nasce limpinha todo dia,
Pra que eu possa viver infinitas possibilidades.
E nessa página chamada novo dia,
Desenho um lindo sol.
Pego todos os lápis de cor e faço flores de todas as cores,
Assim vão chegando os beija-flores.
As borboletas fazendo sua dança no ar.
E faço dessa beleza natural meu altar particular.
Enquanto os passarinhos ecoam seus hinos ao céu,
Olho toda essa grandeza,
E sinto uma leveza.
Que acredito até poder voar!

Gê!



Estou sentindo-me pisando no céu!
É tão bom estar em paz com a gente mesmo!

Abração!

:)



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Silêncio revelador...





Vou caminhando de mãos dadas,
Com essa paz,
Com esse silêncio revelador.
Que faz eu compreender tantas coisas.
Escuto sentimentos, observo imagens passadas.
Encontro momentos vividos,
E consigo sorrir para eles.
Consigo até sentir uma certa felicidade.
Afinal tudo o que já vivi me faz ser quem sou.
Não importam os erros e acertos,
Mas as lições.
Viver é compreender, aprender, crescer...
É ser quem a gente é,
Com todas nossas possibilidades diante das incertezas.
É construir um porto seguro,
Que  necessita ser reconstruído todo novo dia,
Com a mesma vontade,
Feito com alicerce de amor e felicidade.

Gê!

Uma boa quarta-feira para todos!
Bjôs!



domingo, 7 de agosto de 2011

Caminhando ao teu encontro...Amor.





Vesti minha roupa mais simples, bem confortável como um abraço.
Aquela com cheiro de sol, colorida como um dia bonito.
Na face vai um leve sorriso, aquele meio tímido, um tanto envergonhado.
E tudo vai acompanhando esse meu balanço desengonçado,
Pernas pra frente e braços pros lados.
E assim eu vou:
Caminhando ao teu encontro...
Na cabeça vão só pensamentos bons.
É verdade ainda um pouco misturados,
Tentando ensaiar o que falar.
No peito o coração bate,
Aquele Tum...Tum...Que tudo quer apressar.
Como se fosse ele que mandasse no tempo.
Mas a razão, essa vai calma.
Segue seu compasso sabendo que o tempo,
É quem faz os laços.
A alma vai buscando serenidade,
Aprendendo o caminho da tranquilidade.
Tendo a certeza que numa hora de distração,
Ela encontra o amor.
Que fará sorrir seu coração.

Gê!





BjôS!
Boa Semana!
:)


sábado, 6 de agosto de 2011

Angel...



In the arms of the angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you feel
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here

Angel
 -Sarah McLachlan


Será possível voltar à sonhar?!

Gê.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dias ruins...




Acordei hoje com muito medo,
Medo de ter feito todas as minhas escolhas erradas,
De ter trilhado minha vida somente por caminhos tortos...
Tô com medo dessa sensação de chegar a lugar algum.
E ver que o tempo corre, voa, desliza por entre meus dedos.
Venho sentindo tanto medo!
Acho que pouco a pouco vou perdendo meus sonhos, minhas metas.
Vou perdendo a mim mesmo.
Não me reconheço mais.
Deixo meus planos jogados, esquecidos, quase apagados.
Sonhos transformados em pesadelos.
Uma vontade de chorar...
Mas até a lágrima já virou deserto.
Sufocado!
Que até meu grito de socorro,
É apenas sussurro.
Quantas vezes ainda vou ter de bater com a cara no muro.
Até que eu acorde.
Tenho me afundado no raso.
E não venho tendo forças,
Pra não morrer afogado,
Nesse mar salgado.
Nessas ondas tão fortes.
De sei lá o quê...
Que me invadem,
E derrubam.
Espero que sejam apenas,
Dias ruins.

Gê  ) ;





Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos



20 Anos Blues - Elis Regina
Composição: Vitor Martins e Sueli Costa

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Oração de menino...





Pergunta o menino durante suas orações:

Papai do céu por que o tempo brinca com a gente de pique-esconde?
Corre e foge da gente nas horinhas de felicidade...
Esconde da gente os sorrisos em dias tão carregados de realidade.
Quero mais gargalhada gostosa, sobremesa deliciosa,
Amizade preciosa, abraço cheiroso,
 Olhar cuidadoso, carinho bondoso
E teu amor sempre generoso!

Embora o Papai do céu não tenha respondido ao menino,
Ele sentiu com o coração que sua oração foi ouvida!

Amém!

Menino de Coração Dançarino.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Perdido...É um ser sem ser...



Perdido...

Quando se está perdido,
Qualquer caminho leva à lugar algum.
Fica-se no meio.
No vago sentir.
Nem raso nem cheio.
Não tem cor nem cheiro.


Não se é mais nem dor.
Nem existe mais aquela espera,
Por quem não vem...
É sentir frio.
Abraçar o vazio.
Um ser vazio carregado de dias.


Dias esses todos sem sentidos.
Pois não existe mais nada.
Nem aqueles motivos pra justificar,
Aquela velha dor da ausência.
É um amor que se sabe,
Não mais ter conflitos.


Então vou chorando palavras tristes.
Lágrimas falantes.
Que não revelam dor nem amor,
Mas pintam mais um dia sem cor.
E que pouco a pouco cobrem o céu.
Tudo fica tão cinza e frio.

É um ser sem ser...

Gê.



Mesmo que suas mãos estejam tremendo
E sua fé esteja perdida
Mesmo se os olhos estiverem se fechando
Faça isso com o coração aberto
 
De coração aberto
 
Diga o que precisa dizer...
 
Trecho traduzido de Say - John Mayer

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O amor está estendindo para repousar...




Can You Feel The Love Tonight?
Elton John

Tradução:

Você Pode Sentir o Amor Esta Noite?

Existe uma calma rendição
Ao tumulto do dia,
Quando o calor de um vento
Rodopiante pode ser afastado.


Um momento encantado
E ele me acompanha até o fim,
É o suficiente para este guerreiro inquieto
Simplesmente estar com você.


E você consegue sentir o amor esta noite?
Ele está onde estamos.
É o suficiente para este peregrino inocente
Que tenhamos chegado tão longe.


E você consegue sentir o amor esta noite?
Como ele está estendido para repousar...
É o suficiente para fazer reis e vagabundos
Acreditarem no melhor.
 
 
Existe um tempo para todos,
Se eles apenas aprendessem
Que o caleidoscópio que gira
Move a todos nós, um após o outro.


Existe um verso e motivo
para as vastidões ao ar livre,
Quando o coração deste viajante desafortunado
Pulsa em ritmo com o seu.


E você consegue sentir o amor esta noite?
Ele está onde estamos.
É o suficiente para este peregrino inocente
Que tenhamos chegado tão longe.


E você consegue sentir o amor esta noite?
Como ele está estendido para repousar...
É o suficiente para fazer reis e vagabundos
Acreditarem no melhor.


É o suficiente para fazer reis e vagabundos
Acreditarem no melhor.



Meus amigos estarei ausente por algum tempo...
Curando minhas feridas.
Deixando o amor repousar!
Volto!
Assim que der...

Gê.

domingo, 31 de julho de 2011

Resquícios...




Minha razão,
Já fechou a conta e passou a régua.
De você quer léguas.
Que estória é essa!
De que você errou,
Não vem com esse papo,
De meu amor...
Não engulo mais sapo!
Sei que nos teus braços,
 Já delirei de tesão,
Mas amor não é só isso...
E o meu coração?
Que ficou arrasado no chão,
Todas às vezes que você me disse não.
Já afundei no poço escuro da solidão.
E você onde estava?
Que não podia me estender à mão.
Sai pra lá...
Nem vem com essa,
 De me chamar de coração.
Pra você não volto,
Nem com reza braba,
E não faz essa cara!
O barco virou,
E a expressão “a gente”...
Afundou!
Você me intoxicou,
Envenenou,
Tornou-se meu vício.
E com muito sacrifício,
Fui curando meu coração.
Cuidando da dor.
Daquilo que um dia,
Pensei poder ser um grande amor.
Demorou mas passou...
Foi como uma doença malvada.
Que deixou ferida na alma.
Mas se foi amor...
O tempo cuidou,
De apagar como uma vela.
Que o vento sopra.
E aos poucos,
 Não resta nem fumaça.

Gê.


Esse escrito é um ponto final,
Daquilo que poderia ter sido um grande amor,
Mas não foi!
Tornou-se apenas um vício...
Um vício ao qual finalmente,
Eu disse não!
Mas não tô feliz,
Não é fácil...
Enterrar um amor.

Gê.







sábado, 30 de julho de 2011

Uma noite confusa, cheia de vícios e resquícios do passado...


 Acho que quando buscamos pelo passado, o acaso dá seu empurrãozinho e faz com que encontros casuais aconteçam... Na verdade tenho revivido, uma parte do meu passado em lembranças, lembranças essas que transformam-se nos meus escritos mais quentes, mais carregados de desejos, como vários que vocês já viram por aqui, tendo por exemplo, o escrito -Teus Dedos e vários outros como o de ontem -São dois Corpos.

E então o acaso resolveu que deveria promover um encontro...

Encontros são inevitáveis, fogem à nossa vontade.
Agora nossas sensações e emoções ao encontrar o inesperado, são passíveis ao nosso controle... Sempre achei que não, até ontem...
Afinal minha razão e coração sempre brigaram feito cães, e a coitada da razão sempre saiu mordida, vencida... Claro que depois ela volta e diz ao coração:

Bem que eu lhe avisei...

Mas meu coração tem sua própria razão e eu sem dúvida sou o maior culpado, pois sempre dei asas a esse coração, mesmo sabendo que ele poderia chocar-se em um paredão e quebrar a cara. Então, como descrevia...

Ontem encontrei um cara que...

Por muitos anos foi meu grande amor, acho estranho escrever foi, pois sempre pensei no amor como sendo único... E aconteceu o que sempre temi que pudesse acontecer, ele chegou até mim, com aquele jeito de quem chega com a cara de que nada quer, trocamos algumas palavras triviais entre duas pessoas que não se falam há muito tempo...
Meu corpo logo entrou em ebulição, meus pensamentos foram instantâneamente atordoados, sentimentos confusos, um frio na barriga maior do que o frio que realmente fazia, as mãos sem saberem aonde posicionarem-se...
Estava sentindo-me um tolo...

Eis que a razão soou seu alarme: Perigo, perigo, perigo! Uh! Fui recobrando meus sentidos, como quem retorna depois do efeito de um vício, como quem vai ficando calmo depois que a tormenta passa... E voltei a raciocinar, fui sentindo meus pés no chão e disse à mim mesmo, você é o dono da situação, dessa vez dê ouvidos à razão!
Seguimos uma conversa até que agradável, mas ainda assim estava atento, pois previa que logo, eu seria posto à prova. Certas coisas nunca mudam, algumas atitudes e pessoas são tão previsíveis. E conversa vai, conversa vem, e a hora de ser posto à prova enfim chegou...

Quando escutei o seguinte:

A gente poderia tentar novamente, dessa vez pode dar certo, tu não quer voltar pra mim? E mais um tanto de coisas foram ditas, e tentativas vãs de justificar coisas injustificáveis foram feitas...

Escutei tudo muito atento, na defensiva de toques e aproximações não mais cabíveis... E finalmente pude dar meu veredito fazendo uso somente da razão (surpreso comigo mesmo por tamanho controle e domínio da situação), e com a máxima certeza de estar fazendo o que é certo, o melhor para mim, o melhor para ambos.

Respondi:

Eu não posso voltar para onde eu nunca estive... Hoje sei, posso ver com clareza que eu nunca estive em você, ao menos não como eu gostaria, não como eu merecia, e lá no fundo você também sabe disso... A conversa prosseguiu, foi bastante longa e difícil, afinal não é fácil fechar um ciclo que perdurava e mesmo estando fechado, acho que nós acreditávamos que poderia ser revivido, mas apesar de alimentar sentimentos e lembranças, eu sempre soube que uma hora essa conversa seria inevitável, como esse encontro.

Uma porta foi fechada atrás do meu caminho, já não havia motivos para mantê-la aberta.
Agora sigo meu caminho, com a certeza do inesperado.
Vou com passos firmes, com o corpo mais leve.

Gê.

Depois desse encontro inesperado, precisava organizar tudo isso em palavras, afinal de uma forma inconsciente eu esperava por esse desfecho final há muito tempo. Enquanto colocava meus pensamentos em ordem, muitas lembranças vinham à mente, e foi inevitável derramar as últimas lágrimas... Embora também no meu inconsciente esse ciclo já era fato consumado.
Enquanto digitava e organiza meus pensamentos, era acompanhado pela música:


 Casa

 De Lulu Santos na voz de Sandy.

Primeiro era vertigem
Como em qualquer paixão
Era só fechar os olhos
E deixar o corpo ir
No ritmo...

Depois era um vício
Uma intoxicação
Me corroendo as veias
Me arrastando pelo chão
Mas sempre tinha a cama pronta
E rango no fogão
Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
Me vê
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez

Às vezes é tormenta
Fosse uma navegação
Pode ser que o barco vire
Também pode ser que não
Já dei meia volta ao mundo
Levitando de tesão
Tanto gozo e sussurro
Já impressos no colchão
Pois sempre tem a cama pronta
E rango no fogão
Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
Me vê
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez

Primeiro era vertigem
Como em qualquer paixão
Logo mais era um vício
Me arrastando pelo chão
Pode ser que o barco vire
Também pode ser que não
Já dei meia volta ao mundo
Levitando de tesão
Pois sempre tem a cama pronta
E rango no fogão
Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
Me vê
Que eu tô voltando pra casa

Outra vez...

Link:  Casa...

Essa música guarda tantos momentos vividos em sua letra e em suas entrelinhas, que para o momento não havia melhor acompanhamento... Só que dessa vez, não mais haverá outra vez... Nem essa de tô voltando...
E tudo isso, esse momento vivido e a música serviram-me de inspiração para escrever - Resquícios, que dentro em breve será postado encerrando esse ciclo com um lindo ponto final, e não com um  final feliz, mas tudo bem...
A Vida é assim...

O Mundo gira é tudo muda de ordem é lugar!

Gê.


sexta-feira, 29 de julho de 2011

São dois corpos...




A luz que entra pela janela,
Vinda da rua,
Trazida pela lua,
Revela meu corpo.


Esse corpo que espera,
Pelo seu corpo.
Pelo teu toque que liberta,
Todos meus instintos.


Faz-me selvagem.
Com esse teu olhar desejoso que acende,
E faz meu corpo ficar quente.
São apenas dois animais que esquecem ser gente.


Esquecem todas as leis.
São dois corpos...
Ocupando um mesmo espaço.
Unidos por um único laço.


São desejos que dançam,
Num mesmo compasso,
Com a força dos braços,
Seguros em abraços.


Teu corpo é meu porto.
Meu corpo é teu porto.
Teu porto é meu porto.
Meu corpo é teu corpo.

São dois corpos...


Gê!






 
Então beba e receba
 Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...

Beija Eu - Marisa Monte




Um Abração!
E é claro...
Um Bjo!
Gê!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

No silêncio da escrita...




Se eu fosse analfabeto,
Não saberia usar as palavras.
Nem faria desenho dos sentimentos com letras.
Não poderia fazer poesias escritas.
Mas ainda assim eu te amaria,
No silêncio da escrita...


Guardaria as palavras no pensar,
Sem mesmo saber usar.
Saberia conjugar o verbo amar,
Olhando as ondas do mar.
O coração à palpitar,
Pensando em você.


Buscaria formas pra te encantar.
Sem versos rimar,
Usando o olhar,
Tentaria declarar.
Todo meu amar,
Com a leveza do ar.

Gê!



Bjos pra vocês!
:)