sexta-feira, 16 de julho de 2010

Clarice sempre fala o que sinto, ou sinto o que Clarice fala?






Mas tudo, menos a angustia, não?

Quando o mal vem, o peito se torna estreito,

e aquele reconhecível cheiro de poeira molhada

naquela coisa que antes se chamava alma e agora não é chamada nada.

E a falta de esperança na esperança.

E conformar-se sem se resignar.

Não se confessar a si próprio porque nem se tem mais o quê.

Ou se tem e não se pode porque as palavras não viriam.

Não ser o que realmente se é,

e não se sabe o que realmente se é, só se sabe que não se está sendo.

E então vem o desamparo de se estar vivo.

Estou falando da angústia mesmo, do mal.

Porque alguma angustia faz parte: o que é vivo, por ser vivo, se contrai.


4 comentários:

  1. Vim fazer um cafuné nesse menino chateado e trazer meus amigos anjinhos pra ficar do seu lado :D

    As vezes nos sentimos uma página em branco e depende de nós a escolha da esferográfica preta ou da caixa de lápis de cor.

    Quem é intenso vive intensamente a alegria e a dor, mas quem tem coração de menino não perde o ritmo da felicidade.

    beijos cintilantes

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  2. Hummm meu amigo Gê manhoso! Não vejo nada doce!
    Cadê? Humm??

    Bjosss

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  3. Eu também tenho uma admiração por ela, tenho palavras dela no meu perfil(descrição de quem sou)! Palavras que atravessam os sentimentos e tocam a alma!
    Um abraço da Ju

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  4. Amo amo amo Clarice!
    Tenha certeza de que td isso passa.

    "O que é vivo por ser vivo se contrai"

    E por se contrair, sorri, chora, se angustia...
    Mas e isso não é se sentir vivo?

    Ótimo fds pra vc!
    xero.

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