Aqui...
Sentado e debruçado sobre o tempo,
Voam as lembranças.
São tão leves os pensamentos,
Que me fazem refletir.
Lembro-me dos sonhos,
Aqueles que brotaram em velhas primaveras,
Emergindo das sementes de esperança,
Plantadas em mim.
Alguns viraram flores,
As quais sorvi o néctar feito um beija-flor,
Que necessita de energia para manter-se vivo.
Vislumbrando momentos passados,
Reencontrei um menino.
Que de pronto não reconheci!
Trazia um sorriso leve,
Nos olhos via-se à felicidade,
Uma vontade de apenas se deixar viver.
Vestia-se com o brilho da lua,
Enquanto contava as estrelas do céu,
Vendo a vida pela janela da noite,
Pensava o menino que o infinito,
Era pequeno pra guardar todos seus sonhos.
A memória recobra meus sentidos,
E cai estabacada no chão.
E o homem solta a mão do menino que um dia foi,
Deixa-se crer apenas na realidade de que o infinito é imenso,
E que seus sonhos são apenas ilusão.
Mas ele não sabe ou apenas esqueceu,
Que o menino é capaz de acreditar,
Nos sonhos...
De abrir à janela da vida,
Deixando o sol entrar.
Trazendo a alegria,
Colorindo os dias.
Enchendo a casa de magia.
Espero em breve ver o menino,
Novamente contando estrelas,
Vestido com a luz da lua,
E todo sujo de pó de estrela,
Sorrindo pro novo tempo!
Gê!